Maria, bela maria, que caminhavas ao vento da minha cidade querida. Dama da noite perdida, nos cabarés, borbulhantes, procuravas mil amores sem conseguir encontrá-los. Sentavas às mesas dos bares e conversavas comigo as coisas da tua vida e após um gole e outro, partias para o teu destino. E eu, tentava entender as coisas que não entendia. Maria bela Maria, que caminhavas ao vento da minha cidade querida. Nunca mais te encontrei. Talvez andes nos portos, nos braços de marinheiros que não entendem o que dizes. Apenas abraços e beijos que levas para a casa e relembras no outro dia, gosto amargo. Maria, bela Maria que caminhavas ao vento da minha cidade querida. Nunca mais te esqueci. És parte dos pensamentos, bebidos nas mesas dos bares, dos risos, dos cantos, dos prantos. És parte da minha saudade, é parte do meu passado. Maria, bela Maria, onde andarás gora? Talvez aos ventos...