terça-feira, 26 de maio de 2015

RESPINGOS DE PRATA.

Ah, se não fosse a idade
eu buscava a saudade que deixei ali.
Mas os meu cabelos brancos, 
caminhados pelos tempos, cismam em me impedir.
Saudade da vida e  amores navegados na Lagoa
que eu nunca, mais, esqueci. 
Das tardes, das madrugadas, ventos luas encantadas,
nunca mais voltei ali.
Amo a terra dos coqueiros, da lagoa que é lindeira
das águas lá do mar. Amo, as praias, as figueiras,
o Velhaco rio matreiro, que a Lagoa vem beijar.
Ah, se não fosse a idade...

sexta-feira, 22 de maio de 2015

RESPINGOS DE PRATA

E os segredos que guardei na vida,
escondi-os bem.
Um dia abrirei minha caixa de surpresas
para rever os amores, que ficaram quietos.
por todo o tempo.
Continuarei guardando-os, em mim
com carinhos, com meu silêncio sem fim.




sábado, 16 de maio de 2015

RESPINGOS DE PRATA.

E, se eu pudesse fazer serestas
em noites de lua cheia sobre o mar,
faria com meu violão, mal tocado,
cantaria coisas que só o mar e a lua
entenderiam.
Depois deitaria num comoro de areia
macio, ao lado dela, até que a madrugada,
de sol avermelhado e manso chegasse.
Acordaria, para amar um pouco mais ou
muito mais, muito mais...
Depois um belo banho de mar.
Cassino, grande amigo discreto.

quinta-feira, 7 de maio de 2015

RESPINGOS DE PRATA.

Às vezes, à noite, começo a sonhar.
Te chamo baixinho, bem baixinho
mas dormes, sem me escutar.
Às vezes, acordas, sedenta, nas
madrugadas, teus abraços e beijos
falam coisas e não consigo acordar.
E vais levando o teu jeito, malandro
de me pedir amor.
Acordo, do meu sonho, e não estás.