segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Australian supermaxi "Wild Oats XI", skippered by Mark Richards, is seen sailing past Tasman Island at sunrise as it approached the finish line of the 64th annual 628-nautical mile Sydney Hobart Yacht Race on December 28, 2008. "Wild Oats XI" won Australia's premier blue water classic for a record fourth consecutive year in an elapsed time of one day, 20 hours, 34 minutes and 14 seconds.

(DANIEL FORSTER/AFP/Getty Images)

Respingos de Prata VIII

Pensar na minha terra é voltar devagar no tempo,
é galopar no vento e enlaçar a saudade dentro do peito.
Saudade de maresia, de areia grudada no pé,
de olhar perdido no mar, de velas içadas
e arriadas no cais, das torres das igrejas,
dos casarios antigos, da meninice solta,
da juventude passada e repassada nas ruas estreitas,
dos amores sabidos apenas por um
ou vividos, intensamente, pelos dois.
Ah minha terra! Quisera te reencontrar, intacta,
com os amigos  de sempre.
Na esquina famosa, no futebol, nas quermesses
dos colégios, nas reuniões dançantes das tardes
domingueiras, enfim, queria, apenas, te reencontrar igual.
Caminhar e caminhar nas ruas planas até cansar
e descansar na praça, com o vento leste a soprar
nas oliveiras.
Pensar na minha terra é voltar devagar no tempo
E dele, não sair, jamais.

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

The Ericsson Racing Team - Ericsson 4 sails during the start of the first leg of the Volvo Ocean Race from Alicante to Cape Town on October 11, 2008 in Alicante, Spain. The fleet of eight teams participating in the Volvo Ocean Race will race arround the world over ten legs to finish in St Petersburg in late June, 2009.

(Jasper Juinen/Getty Images)

Respingos de Prata VII

Em meio a essas dunas,
entre ondas, crepúsculos e ventos,
roubo teus beijos alucinados.
De longe, gargalham pedras de molhe
que reverenciam a cena.
Respingos de espumas insinuantes
Refrescam o nosso amor intenso
e, as marés silenciosas, coniventes,
falam baixinho, que enlevarão o meu sono,
que a noite, não me cobrirá de abandono.
Tenho nos braços a filha do mar, senhora da praia,
companheira do tempo
Amarra perpétua da minha alma.

terça-feira, 19 de outubro de 2010

The tall ships Lady Washington, right, and Hawaiian Chieftain, left, sail on San Francisco Bay, Monday, Oct. 20, 2008. The tall ships arrived from Grays Harbor, Wash., and were on an educational visit to the Bay area.

(AP Photo/Eric Risberg)

Respingos de Prata VI

Farol de Sarita, perdido no tempo,
no espaço silencio,
entre o mar e a lagoa.
Das historias passadas,
das ressacadas,
dos ventos endiabrados,
dos faroleiros solitários,
dos céus estrelados,
das pescarias,
das noites de calmarias,
das noites frias.
Farol de Sarita, das naus insensatas,
que deram na praia.
Grande, saudade, que a solidão criou.
E, as historias, que dele eu sei,
um dia as contarei,
somente, ao mar.

domingo, 17 de outubro de 2010

Richard Branson's boat "Virgin Money" sails in the ocean after departing New York, in an attempt to break the transatlantic mono-hull sailing record, October 22, 2008. About 30 hours into the voyage, the crew started having problems and ripped the boat's main sail. Not long after that, the voyage was aborted.

(REUTERS/Chip East)

Respingos de Prata V

Somente, o vento, o mar, a lua
E as estrelas não me bastam mais.
Falta-me , o brilho dos teus olhos verdes,
Refletidos do oceano da minha saudade.
Lá, nas praias do sul, no sul da minha vida.

VÍDEO: What a Wonderful World - Louis Armstrong

Respingos de Prata IV

Onde andarão,
meus sonhos de verão?
Talvez aos ventos,
talvez ao mar
ou no acalento das dunas
ou observando, no horizonte,
velames de saudade.
The 100-strong fleet sail past the historic three-masted clipper "James Craig" after the start of the annual 628 nautical mile Sydney Hobart Yacht Race onDecember26, 2008.

(TORSTEN BLACKWOOD/AFP/Getty Images)

Respingos de Prata III

Vamos meu barco, vamos,
a procura da saudade,
deixada em algum lugar.
Abre bem, as tuas velas
e deixa que o vento amigo,
nos leve a poentes distantes,
em noites silenciosas.
Vamos meu barco, vamos,
segue a esteira do luar,
pega o rumo das estrelas,
segue os conselhos do vento.
A saudade é logo ali,
logo, depois do horizonte.
Vamos meu barco vamos,
ouve a voz que fala alto,
segue os conselhos do mar!
A crew member of the Puma racing team pulls in a sail during the Volvo Ocean in-port race in Alicante, Spain, Saturday Oct. 4, 2008. The 2008-09 Volvo Ocean Race, Covering 10 legs and 36,995 nautical miles, started Oct. 11 in Alicante and is scheduled to end in St. Petersburg, Russia, on June 27, 2009.

(AP Photo/Alberto Saiz)

domingo, 10 de outubro de 2010

Respingos de Prata II

Sou solitário que fala, sempre,
Essas coisas de paixão, de mar.
Divagando, nas horas vagas e tardias,
Que passam, anônimas, levando
A noite pela mão, aos sonhos de saudade.
Solidão assim, é boa companheira do tempo,
É sábia, que orienta o vento e o rumo
Das grandes navegadas
The 100-strong fleet sail past the historic three-masted clipper "James Craig" after the start of the annual 628 nautical mile Sydney Hobart Yacht Race on December 26, 2008.

TORSTEN BLACKWOOD/AFP/Getty Images

Respingos de Prata I

Ouço ao longe o mar, o vento.
A dura solidão aqui palpita
e a amplitude, gigante, se agita.
Na minha memória perpétua,
uma saudade imensa, se junta a tudo.
Aos sonhos, aos amores, ao que passou, enfim...
Sou refém eterno no farol do tempo,
sou cativo e preso ao que fugiu de mim.

DICIONÁRIO NÁUTICO - Verbete D

DRAGA: Tipo de embarcação própria para retirar material do fundo, especialmente no aprofundamento de canais de acesso a portos.

DICIONÁRIO NÁUTICO - Verbete C

CABINA: Alojamento destinado ao comandante, oficiais ou passageiros de um barco. O mesmo que câmara.

CABO: Denominação dada à corda de uso náutico.

CABOTAGEM: Antigamente o termo restringia-se à navegação costeira. Posteriormente a cabotagem dividiu-se entre pequena e grande. A pequena cabotagem refere-se, ainda, à navegação costeira e a grande cabotagem a navegação de longo curso.

CABRESTANTE: Aparelho de forma cilíndrica com eixo vertical, que desprovido de motor, é acionado pela força física de homens ou animais, de modo, a enrolar cabos ou tracionar pesos.

CAÇAR: Ato de puxar a escota de uma vela, no senti do de melhorar sua exposição ao vento.

CADERNAL: É um moitão com dois ou três gornes (roldanas).

CHACREIRA: Tipo de canoas de pranchões com convés. Pode ter cabina para comando. Usada para transportes de cargas. No passado era uma embarcação muito comum no Sul do Estado do Rio Grande do Sul, atualmente quase desaparecida da navegação. Consta que o nome "chacreira", como era chamada no Sul do Estado, seja derivado do fato que essas embarcações carregavam hortaliças e demais produtos das chácaras de agricultores portugueses nas ilhas próximas a cidade do Rio Grande, para onde demandavam em busca do mercado.

CALADO: É a profundidade de água necessária para a flutuação de um barco. Distância que vai da linha da água até a parte inferior da quilha.

CAMBADA: Virada de bordo de um veleiro, recebendo vento pela popa. O mesmo que jibe.

CARAMANCHÃO: Denominação dada nos antigos iates ao espaço à popa, onde fica o timão ou roda de leme. É o local onde ficam os aparelhos de governo da embarcação e seu centro de comando. Equivale ao cockipt dos modernos iates de lazer.

CARTANÁUTICA: Representação gráfica de uma área de águas navegáveis. Mostra os meridianos de latitude e longitude. Informa os navegadores sobre a profundidade das águas, faróis, bóias, perigos submersos, etc.

CARANGUEJA: Verga que se projeta do mastro em ângulo e sustenta a vela ou velas principais em barcos desse tipo de armação tradicional.

CASCO: É o corpo de um barco sem mastros, velas, estais ou qualquer outro elemento que compõe uma embarcação.

CAT: É o tipo mais primário de barco, cujo único mastro fica próximo à proa, carregando apenas uma vela. Espécie de barco ideal para iniciantes.

CONVÉIS: É o pavimento de uma embarcação.

CORRIMÃO: Peça de madeira dos antigos iates que se estendia pela parte superior da amurada.

COSTADO: Parte externa do casco de um barco.

COSTURA DE MÃO: É uma alça que resulta da dobra de um cabo, sendo que o chicote após a formação da alça é costurado no próprio cabo.

CUNHO: Peça de madeira ou metal, onde se prendem escotas ou adriças.

DICIONÁRIO NÁUTICO - Verbete B

BARLAVENTO: Lado de onde sopra o vento.

BEAUFORT: Escala que mede a potência dos ventos de 1 a 12. Criada por Sir Francis Beaufort (1774-1857), Almirante da Marinha Britânica, que durante longos anos prestou serviços como notável hidrógrafo.

BIGOTA: Espécie de moitão chato sem roldana e com furo, por onde passa um cabo. Normalmente usada nos antigos veleiros para esticar as enxárcias.

BOCA: Largura da embarcação, considerando-se, para tanto, sua parte mais larga transversalmente.

BOTE: Pequena embarcação de proa fina e popa quadrada, possuindo uma grande boca em relação ao comprimento.

BORDA: Parte superior do costado.

BORDA FALSA: Parapeito no convés, que visa a evitar a queda de pessoas na água.

BUJARRONA: Vela de formato triangular presa ao estai de proa.

DICIONÁRIO NÁUTICO - Verbete A

ADRIÇA: Cabo que é usado nos barcos com a função de içar velas, galhardetes ou vergas nos mastros.

AMARRA: Denominação dada ao cabo que prende a âncora de um barco.

AMURADA: Parte superior do costado de uma embarcação, que se ergue acima do bojo do casco.

AMANTILHO: Cabo que possui uma extremidade presa no topo do mastro e a outra que se liga a extremidade da retranca, de forma a mantê-la na posição horizontal.

ÂNCORA: Peça com peso proporcional ao peso do barco, que é jogada ao fundo da água com o fim de segurá-lo.

ARMADOR: É aquela pessoa que arma um navio, ou seja, aquela que trata de seu provimento e o explora comercialmente.

ARMAÇÃO: É a forma do arranjo das velas de um barco.

ARQUEAÇÃO: Número que expressa as medidas de volume dos espaços de uma embarcação.

ARRIBAR: Afastar-se da linha do vento. Também entendido como desvio de rota em decorrência de tempestade. Este tipo de desvio é chamado de arribada forçada.

ARINQUE: É o nome conferido ao cabo que se prende a uma bóia na superfície d'água e no fundo, a uma pequena âncora. Nome usual na pesca para localização de redes.

ASA DE POMBA: Termo usado pelos marinheiros dos barcos mercantes à vela, quando a embarcação navega com vento de popa e as velas dos barcos se abriam para ambos os bordos.