sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

RESPINGOS DE PRATA.

Maria, bela maria, que caminhavas ao vento
da minha cidade querida. Dama da noite perdida,
nos cabarés, borbulhantes, procuravas mil amores
sem conseguir encontrá-los.
Sentavas às mesas dos bares e conversavas comigo
as coisas da tua vida e após um gole e outro,
partias para o teu destino.
E eu, tentava entender as coisas que não entendia.
Maria bela Maria, que caminhavas ao vento 
da minha cidade querida. Nunca mais te encontrei.
Talvez andes nos portos, nos braços de marinheiros
que não entendem o que dizes. Apenas abraços e beijos
que levas para a casa e relembras no outro dia, gosto amargo.
Maria, bela Maria que caminhavas ao vento
da minha cidade querida. Nunca mais te esqueci. 
És parte dos pensamentos, bebidos nas mesas dos bares, 
dos risos, dos cantos, dos prantos.
És parte da minha saudade, é parte do meu passado.
Maria, bela Maria, onde andarás gora? Talvez aos ventos...




4 comentários:

  1. Que linda homenagem às MARIAS que vagavam pelas tuas noites, sem destino certo, tristes e solitárias! O mundo mudou muito! Já não existem Marias como aquelas! Mulheres agora *pseudo-livres*, podem ser Marias a hora que quiserem... Teus poemas sempre lindos! Obrigada por mais essa joinha, querido amigo Sergio Renato!

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  2. Às Marias, belas simples e verdadeiras.Belas marias.

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  3. As Marias, minhas amigas das madrugadas, eram queridíssimas. Nunca me deixaram só nas mesas dos bares. Cantávamos, conversávamos coisas que poucos entendiam. Depois os seus homens chegavam e as levavam. Eu ficava por ai, esperando a próxima noite. Gente da noite é assim.

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  4. As Marias, minhas amigas das madrugadas, eram queridíssimas. Nunca me deixaram só nas mesas dos bares. Cantávamos, conversávamos coisas que poucos entendiam. Depois os seus homens chegavam e as levavam. Eu ficava por ai, esperando a próxima noite. Gente da noite é assim.

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