domingo, 9 de janeiro de 2011

Respingos de Prata XVI

Torres de igreja, despontam em céu aberto.
Da Barra Diabólica, observo e lembro,
das missas matinais, dos filmes da dez
no Sete de Setembro, da Hidrolitol, gelada
e dos quindins ao lado, dos bem casados,
nem tão bem assim...
Ás vezes, como premio, tardes dançantes
no Lusitano Grêmio.
Rostos suados com Gatica, Coniff, Barrios, ao fundo.
Dedos entrelaçados e apertados,
significando um sim, apaixonado.
Um pulo na Dalila e uma fugida amiga
na Riachuelo ou Vileta, Mangues da minha vida.
Cidade rumo do meu barco.
Proa da minha juventude, porto de saudade, enjoada,
que magoa e dói.
Que cisma em machucar um velho marinheiro,
com saudade de cais, areia e maresia,
que um dia, aproado a um vento norte,
partiu, à noite, para voltar, quem sabe,
um dia...

Nenhum comentário:

Postar um comentário