terça-feira, 10 de maio de 2011

Respingos de Prata XXIII

Laurita, com cor de bronze, olhos verdes, delicados,
sorriso de flor de campo, cheiro de pasto molhado,
olhar trêmulo, suave, de menininha insegura,
nadando nua, na sanga, envolvida em sol dourado.
E eu, de longe, escondido, observava encantado,
seguindo teus movimentos, com meu sorriso maldade.
Teu corpo, de moça menina, me acenando insinuante, e
eu sem coragem sonhava estar juntinho ao teu lado.
Alma ingênua, essa minha, que deixou tudo ir embora.
Às vezes, naquela sanga, te espero por longo tempo.
A vida, o destino, feras danadas, hoje, me cobram, solenes,
Imagens, que sempre lembro, do sonho cor de pecado...

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